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7 de junho de 2009

OS ALFABETOS

Alfabeto Fenício com tradução latina

Alfabeto em libras ( lingua brasileira de Sinais)
Alfabeto Português atual.

30 de maio de 2009

TCC, A EPÍGRAFE

A epígrafe de um trabalho, é a porta de entrada, é a seta, que mostra em qual direção o texto será escrito, falando em termos "romanticos" é a musa inspiradora do trabalho.
Durante o início das pesquisas as vezes s e encontram muitas que falam exatamente o que se quer dizer, as vezes não se encontra nada que fique legal, que seja conciso, mas vale muito a pena se colocar uma boa citação (epígrafe) no inicio de qualquer trabalho, no TCC que é um trabalho maior, bem mais elaborado cabe uma epígrafe caprichada.
Para quem leu muitos livros fica fácil, todos os autores tem frases fortes sobre seu tema, que servem como belas citações, porem os mais apressados podem recorrer a frases selecionadas por sites, os quais tem uma infinidade de  frases, sobre os mais variados assuntos pode pesquisar neste site é só digitar a palavra chave procurada e surgirá, algumas possibilidades.
Bom trabalho a todos, Caprichem!

21 de maio de 2009

TCC, OS AGRADECIMENTOS....

Eu tenho muito que agradecer, a começar pelo fato de estar vivo, e de poder compartilhar este trabalho com outros seres, iguais a mim, que gostam de se apoderarem dos conhecimentos herdados de nossos antepassados.

Eles são meus heróis e merecem meus agradecimentos, todos eles, aos seres humanos que viveram antes de mim, o meu muito obrigado!

Aos que participaram de minha vida, de forma direta, quero agradecer muito a minha mãe, que nas horas difíceis, manteve firmemente a vontade de escolarizar os filhos, ao meu pai cabe o agradecimento de neste ponto obedecer a minha mãe.

A minha esposa, Auri, meus filhos Alison e Loislene, e minha irmã Rosa, alem de parentes próximos, todos estiveram presentes na longa caminhada desta graduação. Meu obrigado e meu carinho a todos.

Aos professores que passaram por minha vida, que foram muitos, quero agradecer especialmente a primeira, Profª.  Terezinha, com a qual descobri o prazer de transformar as letras em sons. As Professoras Margarida, Marlene e a excelente professora Sônia Azevedo, também as competentes professoras regentes do meu estágio, Valdilene e Eli Vaneide. Sem vocês seria impossível, obrigado!

Na Unopar quero agradecer ao professor João Antonio, que ensinou língua latina no primeiro semestre e despertou em mim um contato inicial maravilhoso com este idioma, língua mãe da “flor do Lácio”.

Também ao Professor Fernando Zanluchi, que ensinou apenas um semestre, mas marcou pelo entusiasmo e carisma. A professora Mariângela Lunardelli, outra personalidade forte e altamente capacitada que nos fez falta no último semestre.

As tutoras  eletrônicas Andrêia Garcia, do primeiro semestre e Ivana Maria do último, maravilhosas, indispensáveis. Obrigado, valeu muito suas ajudas!

Na sala, no convívio de cada dia, Tarija, nossa eterna colega, nossa tutora, aquela que esteve presente durante todo o curso possui minha admiração e meu carinho.

Quero muito agradecer também a todos os colegas de turma, especialmente a Jânia, Juci, Lúcia, Monique, Thay, Isabel, Nádia, Irlande, Benilde, Geronice e Catarina. Foi bom conviver com vocês, Muito obrigado!

15 de maio de 2009

TCC, O SEU DESAFIO PESSOAL

Fazer um tcc, pode ser tanto um grande prazer, quanto uma grande tortura, tudo dependerá do tema que você irá escolher!
Geralmente o tema é livre, você pode escolher o que mais slhe agrada no seu curso, lembre-se você ja escolheu o curso porque gosta da área, então será natural você se identificar vom algum tema desta mesma área.  Escolha o tema certo: EXATAMENTE AQUELE QUE VOCÊ MAIS GOSTA!   e seu Tcc será uma viagem prazerosa e Tranquila.

Na sequência, e antes de começar a escrever "foque" seu tema, em outras palavras, reduza-o para um momento especifico, como no exemplo ao lado, se você for falar de futebol em todo o mundo, ou mesmo só no Brasil, terá tanto o que dizer que na verdade nada falará.

Este tema, já delimitado deverá então ser "dividido" em no minimo duas grandes partes, assim você poderé explorar duas fases, ou dois momentos distintos, ou até duas opiniões diferentes sobre o seu tema, lembra daquela historia, os dois lados da moeda?

Definidos os dois grandes "ramos da árvore" é partir para ação, ler, ler e ler mais, se preciso reler tudo de novo sobre o seu assunto escolhido, refletir criticamente sobre a leitura e formar novas opiniões, gerar novas teses, novos conhecimentos, recontar a historia sob novo angulo, o seu ângulo, a sua maneira de ver e entender as coisas, é aí que a sua primeira escolha fará seu percurso delicioso ou tortuoso, pois será aí que você colocará no texto a sua marca.
Não tenha medos! deixe o teclado gerar os caracteres que representam seu pensamento, Seja autêntico, faça do seu jeito. Para completar seus argumentos pesquise ou crie imagens, se preciso planilhas, valorize sua exposição.

Lembre de encerrar seu texto, colocando nele as marcas finais de suas reflexões e conclusões, volte a introdução, que eu gosto de chamar de apresentação e reescreva-a, atualize-a, pois com certeza no escrever de seu texto, você mudou muito o que no inicio tinha em mente.

Entregue seu texto para o orientador confiante, ele saberá respeitar sua individualidade e com certeza não vai querer que você escreva "à maneira dele" e sim a sua maneira, dará dicas, com certeza... mas serão poucas e todas no sentido de aperfeiçoa-lo... Não seja preguiçoso nesta hora, faça as correções!

Então? preparado pra se tornar mais um vencedor?  Mãos a obra!!!

6 de maio de 2009

FAÇA AS REFERÊNCIAS CORRETAS

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Um trabalho bem feito pode ficar "estragado", por falta de referências, é impossivel se escrever sem ler... Então é lógico que as idéias que temos de uma forma ou de outra nem são "nossas" e ao mesmo tempo são, porem nossas "fontes" de inspiração, que nos fizeram produzir um trabalho, em outros poderão inspirar trabalho diferentes, afinal estamos falando de "reinterpretação" de conceitos, de textos, de reprodução (risos).... reprodução literárias!  Por isso, faça direito as referências em seus trabalhos, elas indicarão onde vc "bebeu" o seu conhecimento, veja os modelos:

de livros:

SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra. Edição. Cidade: Editora, Ano de Publicação.

exemplos com um e dois autor(es):

SILVA, Luis Antonio. A Língua que Falamos - Português: História, Variação e Discurso. São Paulo. Globo, 2005. (perceba o título em negrito)

CALLOU, Dinah; LEITE, Yonne. Como Falam os Brasileiros - Col. Descobrindo o Brasil. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2005. (lembrando: o título esta em negrito!)

exemplo de arquivo lido na internet:

RIOS, José O Oliveira. Literatura Africanas de Expressão Portuguesa. Disponível em <http://lideias.blogspot.com/2009/05/faca-as-referencias-corretas.html>. Acesso em: 01 mai.2009.

percebeu de novo o negrito no título?....

em caso de continuar com duvidas, me mande um e-mail (rios.orlando@ig.com.br) e terei o maior prazer em ajuda-lo(a). Não esqueça de se identificar rs rs !

 

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4 de maio de 2009

TRAB LITERATURA AFRICANA DE EXPRESSÃO PORTUGUESA





LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA


As aventuras navais dos portugueses do século XV espalharam o idioma por quatro continentes, entre eles o africano, um continente marcado historicamente pela disputa entre tribos rivais, esta eterna discórdia interna fez da áfrica uma “colcha de retalhos” criando países pobres e de pouca representatividade no mundo moderno. Nos países em que Portugal, como colonizador, explorou por algum tempo, levando muitas de suas riquezas, deixou, mesmo que sem querer uma herança que “conecta” mais de 35 milhões de habitantes africanos á oitava língua mais falada no mundo: o português. Neste trabalho mostrarei um pouco da literatura em língua portuguesa em dois destes países, Angola e Moçambique.




ANGOLA


Angola é um jovem país de 34 anos, é também o segundo maior falante de língua portuguesa no mundo, tem sua historia marcada por momentos de repressão e por um período de colonialismo extensamente longo, só possível de acontecer graças ao incrível índice de analfabetismo, herdado do colonialismo português. Sua literatura em língua portuguesa passou por períodos de pouca criatividade, devido a falta de pessoas escolarizadas e capazes de criar um literatura atuante (97% da população analfabeta) até que em 1948 alguns dos 3% da população alfabetizada resolveram voltar seus olhos e sua atenção ao maior país africano de língua portuguesa e lançaram em Luanda, capital do país, o brado “vamos descobrir angola”.
Este “brado”, pode ser visto como o choro de um bebê ao nascer, no caso nasceu a literatura de um país, e os pais e mães eram os membros do Movimento dos Novos intelectuais de Angola que em 1950 “registram” definitivamente a certidão de nascimento desta literatura com a publicação de “antologia dos novos poetas de Angola”.
Em 1951 a Associação dos naturais de Angola, (ANAGOLA, em língua quibunda, “Filhos de Angola”) que provavelmente teve como membros muitos dos ‘novos intelectuais’ lança a revista Mensagem que dura até 1952 com apenas 4 exemplares, numero suficiente para criar um clima propício ao desenvolvimento da literatura angola. Em 1957 este mesmo grupo lança outra revista, agora com o nome Cultura, mantém os mesmos ideais da anterior e revela poetas significativos para mostrar a angolanidade, natural do povo e até então distante de sua criação literária.
Toda esta efervescência culminou na criação do MPLA, movimento popular de libertação de Angola, que foi decisivo na independência do país.
Este momento cultural angolano influenciado pelo momento histórico é marcado pela descoberta do sentido de ser do povo angolano, que passa a sua valorização e exaltação, com o movimento negritude e culmina nos temas ligados a exploração econômica, repressão policial o que leva o africano a pegar em armas e lutar pela independência. Todos este processo dura em torno de 12 anos de a948 a 1960, quando então começa um novo momento na literatura de Angola.
Começa a luta armada em 1961 e a revista Cultura esta em plena ação, animando os guerrilheiros com sua temática nacionalista o que faz a repressão portuguesa do ditador Salazar endurecer ainda mais, culminando com o encerramento das atividades da revista, junto com ela o governo colonial português fechou tudo que pudesse distribuir ideais de independência angolana.
Porem estes fechamentos não conseguem matar a literatura de angola que resiste e se fortalece através de autores como Luandino Vieira e de obras como “Luuanda e nós” e “Makulusu. O poeta escreve até certo tempo em português europeu, formal e culto, a parti de 1962 provavelmente como forma de mostrar que Angola não era só o que os colonizadores trouxeram em forma de cultura ele mistura os sentidos do português padrão com a língua quibunda, existente em angola há séculos e cria neologismos e gírias que são marcas da angolanização do português e provas da cultura do homem africano.
Entre os intelectuais africanos que mudaram a maneira de se entender o conceito de nação e foram decisivos na criação não só de uma nova literatura para o país, mas também para sua independência se destaca o poeta Agostinho Neto. Autor de “Sagrada Esperança”, obra que os historiadores comparam ao clássico “os Lusíadas”, de Camões (com ressalvas temporais, espaciais, culturais), Neto de forma épica, mostra toda a alienação social, cultural e política vivida pelo negro, exibe de forma clara a exploração econômica, a repressão policial,a prostituição, o alcoolismo, o analfabetismo e a miséria a qual é submetida toda uma população apenas por diferença de cor. Ele exalta a solidariedade, o trabalho a esperança e o amor como combustíveis que proporcionarão a este mesmo povo a força capaz de criar a revolução que levará o povo angolano a sua verdadeira identidade, a identidade de um povo livre.
Sua obra é dividida em três fases, a primeira tem momentos neo realistas e de valorização do povo negro (negritude) e vai de 1945 a1949. A segunda que dura de 1949 a 1955 ainda tem poucos momentos neo realistas, mas sua maior parte é totalmente dedicada a valorização do ser humano negro, em angola, na áfrica e em todo o mundo, dando especial atenção a solidariedade negra, mostrando que a cultura tribal africana de um negro lutar contra o outro sempre foi um grande erro. A última fase deste inesquecível poeta é marcada pela sua prisão, ele a usa como forma de inspiração e produz obras que incitam a liberdade e a independência do país, convocam os angolanos a lutarem a combaterem a ganharem a liberdade com as próprias forças.
Seu empenho é recompensado, o país liberta-se e ele torna-se merecidamente o seu primeiro presidente.



MOÇAMBIQUE


Embora separado de Angola territorialmente, Moçambique compartilha com o vizinho o fato de ter como idioma oficial a língua portuguesa, este país africano fica na costa oriental da áfrica austral e devido a sua formação geográfica faz fronteiras com muitos outros países, o que possibilita uma grande interação com muitos povos africanos. Sua literatura de língua portuguesa se mostra mais fértil nas décadas de 40 a 50 onde são publicados grande quantidade de textos em livros e jornais, todo este momentos é fruto da recente instalação da imprensa com a revista msaho e o jornal paralelo 20, ambos serviçais divulgadores das idéias anti-coloniais.
Com o fim da II grande guerra a literatura moçambicana adquire maturidade, os anos entre 1945 a 1952 foram decisivos para o inicio deste grau de qualidade. Uma característica forte é o segregacionismo moçambicano que extrapola de vez a razoabilidade separando de forma veemente todas as raças, forçando-os a formarem grupos separados. Como reação a esta visão ultrapassada do mundo, escritores e intelectuais formam grupos que a partir dos primeiros anos de 1950 publicam seleções a antologias com as idéias da negritude, pregando uma maior identidade nacional, sem distinguir raças, todos são moçambicanos. Junto a isso textos ligados ao neo realismo denunciam a péssima condição humana no país e funcionam como referencia para a conscientização da população.
Em 1964 inicia-se a fase de exortação a luta armada para a independência do país, a temática glorifica a revolução e serve como base para textos anti-colonialistas. Na narrativa surge “nós matamos o cão-tinhoso” de Luis Bernardo Honwana que mostra de forma alegórica uma vitoria imposta ao colonizador pelos negros livres e capazes de dominar seu território.
Guilherme de Melo com raízes do ódio de 1963 e Orlando Mendes com Portagem de 1966 inauguram o romance moçambicano. Nesta partida impetuosa da literatura acontecem três vertentes importantes. A primeira é formada por escritores como José Craverinha, Orlando Mendes, Rui Nogar e Luís Bernardo Honwana e tem como herança um nacionalismo resultante de tendências de incorporação do pan-africanismo, com experiências neo realistas e negritudistas. São textos publicados de forma restrita em pequenos ghettos intelectuais.
A segunda, também publicada para um pequeno publico, tem como diferença fundamental o conteúdo que é basicamente inspirado nas grandes obras universais que vêem desde as antiguidades clássicas até a exaltação da cultura ocidental européia, seus nomes mais destacados são Rui Knopfli, Eu gênio Lisboa, João Pedro, Grabato Dias e Maria de Lourdes Cortaz.
A terceira vertente tem maior liberdade de publicação, esta quer atingir e chegar ao povo para incentivá-los a luta armada pela independência, é a temática de guerrilha que em forma de poesia espalha-se pelo povo. Aqueles que não sabem ler, ouve seus versos e saem cantando de armas nas mãos.
Já em 1971 surgem a revista Caliban que traz textos de excelente qualidade, este momento também é marcado pela volta de escritores, na maioria brancos que haviam saído da colônia, o que geral uma enorme leva de intelectuais que estão ligados a Moçambique mas também estão ligados também a Portugal pelo contato intenso entre pensamentos pro e anti coloniais, se encaixam neste momento nomes como os de Rui Knopfli, Glória de Sant’Anna, Guilherme de Melo, Jorge Viegas. Outros assumem sem reservas a cidadania moçambicana, como Mia Couto, Heliodoro Baptista e Leite de Vasconcelos.
Entre 1975 e 1992 acontece o fortalecimento da literatura moçambicana com a publicação de textos que estavam guardados, seja por motivos de repressão do colonizador, ou por falta de oportunidade de fazê-lo. Este processo consolida e dar uma maturidade definitiva ao ser moçambicano que passa a temas de exaltação da pátria, recém independente, cultos aos heróis da luta pela libertação nacional, temas doutrinários e militares. É importante lembrar que o novo governo também tentou controlar o que era publicado, sendo totalmente livre desta censura apenas os textos publicados fora do país.
Um poeta/jornalista moçambicano merece destaque em todo este processo de autoconhecimento e de libertação é José Craverinha, sobre o qual podemos analisar uma sequência de fases em suas obras. A primeira é marcada pelo neo-realismo e traz como tema a tradição popular e tribal, o ser humano é mostrado cheio de problemas e complicações, acontece o privilegio da mensagem sobre a forma, pois o objetivo do autor e conscientizar o leitor do seu real estado de vida.
A segunda é marcada pela negritude, a forma muda, os versos tornam-se longos e o texto enaltece o negro, as raízes africanas neles estão presente os sentimentos mais puros do autor, a revolta contra a escravidão em denuncias feitas de forma bastante agressivas. A terceira fase do artista traz a moçambicanidade, a identidade nacional do seu povo, nela a busca pelo que é de verdade o ser moçambicano, suas raízes, seus desejos e seu futuro de liberdade estão misturados de tal forma que aos lê-los se sente a força e a garra do homem de Moçambique.
Na quarta e ultima fase, escrita em parte na prisão acontece o paradoxo de ter como tema a libertação, são desta fase os livros chigubo (1964), karingana ua karingana (1974), Cela 1(1980) entre outros.
Termino este trabalho com um pequeno trecho do poema África de José Craverinha: “Em meus lábios grossos fomenta / A farinha do sarcasmo que coloniza minha Mãe África / E meus ouvidos não levam ao coração seco / Misturado com o sal dos pensamentos / A sintaxe anglo-latina de novas palavras”.

Alem dos países descritos neste trabalho, no continente africano também falam a língua portuguesa: Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Princípe.
Referências:

JARDIM Marcelo Rodrigues. Literatura Portuguesa III. Material Complementar Universidade Norte do Paraná, letras 7. São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2009.

JOSE CRAVERINHA. Disponível em < http://lusofonia.com.sapo.pt/craveirinha.htm > Acesso 01 mai. 2009.

LITERATURA MOÇAMBICANA. Disponível em < http://lusofonia.com.sapo.pt/Mocambique.htm#periodiza%C3%A7%C3%A3o > Acesso 01 mai. 2009.

LUSOFONIA ANGOLA. Disponível em < http://www.lusoafrica.net/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=59&Itemid=62 > Acesso 01 Mai .2009.

LUSOFONIA MOÇAMBIQUE. Disponível em < http://www.lusoafrica.net/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=63&Itemid=66 > acesso 01 mai. 2009.

SONCELLA, Josely Bogo Machado. Literatura Portuguesa III. Universidade Norte do Paraná, letras 7. São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2009.

TEXTO EDITORES UNIVERSAL. Língua portuguesa on-line. Disponível em <http://www.priberam.pt/dlpo.> Acesso em: 01 mai. 2009.

TRABALHO LITERATURA BRASILEIRA

Atividade 1 – HIPOTRÉLICO (tutaméia, quiquiriqui, mexinflório, chorumela ...)


Procurei no dicionário “on line” que sempre uso, o priberam.pt, e nada encontrei. Pesquisei mais um pouco e lá estava os “verbetes da linguagem guimaraenzada”, são muitos, aqui, no titulo coloque alguns que mais me chamaram atenção.
Tatuméia, que tem uma tradução de ninharia, quase nada, pode ser vista de outra forma, uma forma hipotética (ou hipotrélica) que traria uma variedade de sentidos, algo comum a um escritor que soube como nenhum outro explorar o português arcaico, contemporâneo e outras línguas (existentes ou imaginadas), criando uma espécie de gramática própria, que inovou e resistiu ao tempo.


Atividade 2 - JOÃO GUIMARÃES ROSA.

Pelas veredas da vida, pelos caminhos que nos leva ao sertão que existe dentro de cada um de nós, esta João Guimarães Rosa, escritor mineiro, nascido na pequena Cotisburgo, esteve médico, esteve diplomata, mas sempre foi escritor.
A característica mais marcante em suas obras regionais/universais é o uso inovador da língua, ele sem pudores usa de toda a sua criatividade para a formação de neologismos, dando a cada palavra uma plurisignificação que transcende o espaço da página e encontra no leitor um campo fértil para novas significações.
Outro ponto marcante é a fonte universal da qual bebem os grandes mestres: o bem e mal, a vida é a morte, qual o sentido de existir? Rosa, com seu jeito único de escrever mistura arcaísmos a termos modernos para nos mostrar que as palavras vão alem do texto, seus personagens fortes vão alem da historia.
Com seu estilo absolutamente novo, marcou de forma digna a 3ª fase do modernismo brasileiro, trazendo a tona, no seu universo regionais de jagunços e fazendeiros questões universais: qual o significado do amor? Do ódio? Da ambição? Qual o motivo pra sobreviver à fúria do homem e a aridez da terra?
Afinal, “Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não. Deus esteja.”

Atividade 3 – ALGUMA POESIA


“Eu também já fui brasileiro / moreno como vocês. / Ponteei viola, guiei forde / e aprendi na mesa dos bares / que o nacionalismo é uma virtude. / Mas há uma hora em que os bares se fecham / e todas as virtudes se negam.” ( Drummond)
Este trecho de “também já fui brasileiro” tem semelhança com Alguma poesia, ambos mostram que muitos artistas e intelectuais da década de 20 e 30 defrontaram-se com alguma ambivalência (aspectos diferentes entre si) na definição do caráter nacional ora valorizado em nossas raízes, ora projetado no rumo da modernização.
Daí que devemos entender que esta virtude do nacionalismo esta tanto no “elevador quanto na roça”, era provavelmente o primeiro indicio de um país plural, heterogêneo, completo como é o nosso.


Atividade 4- A HORA DA ESTRELA


O heterônimo Rodrigo S.M. serve como uma tentativa de Clarice Lispector imaginar outra forma de escrever, isso acontece em 1977, ou seja, bem longe da geração de 45, tempo em que a escritora foi um dos ícones com suas pesquisas estéticas.
A historia tem um contexto social e mostra uma personagem até certo ponto típica (nordestina, sem instrução, sendo explorada...). Talvez o que sirva para “ligar” “a hora da estrela” a geração de 45 seja o fato do heterônimo. Mas porque o uso de tal artifício?
Talvez o fato de estar sofrendo de câncer, tenha feito a autora fugir de seu cotidiano, que era escrever com narradoras femininas e aventurar-se com um narrador masculino, sendo assim escreveria inovando até mesmo do ponto de vista inicial: a visão de um homem. Clarice não consegue, e seu Rodrigo acaba soterrado sob a criatividade da grande escritora que o criou.
Assim sendo, a analise psicológica dos personagens volta com força, a introspecção, o exame psíquico do narrador, que vira personagem, ao descrever tanto seu interior, quase tão latente quanto a Macabéia. Ambos são personagens da Clarice e trazem consigo toda a metalinguagem de seu tempo.

Atividade 5- GABRIELA, CRAVO E CANELA


A beleza morena, que representa a mistura da raça negra com a branca, que povoou a Bahia durante o processo de colonização é sintetizado por Jorge Amado em Gabriela, uma personagem fascinante que nos apresenta a melhor fase do escritor, a fase lírica.
Amadurecido como ser humano Amado depois de 1958 dosa seus romances que eram quase totalmente políticos, com temperos mais doces e marcantes. Gabriela é o inicio deste processo. No enredo uma jovem pobre vinda do interior, mas de beleza espetacular se torna a jóia mais rara e cobiçada pelos poderosos de plantão.
É como se Jorge dissesse: Existe algo mais forte que o poder, existe o prazer, e o prazer é ter os carinhos de uma meiga e doce baiana. O lirismo do autor ao descrever o espírito livre e rústico da personagem o levou a academia brasileira de letras, e respectivamente ao mundo eterno dos grandes poetas.


Referências:

ALGOSOBRE.COM.BR. Tatuméia – Terceiras Estórias. Disponível em < http://www.algosobre.com.br/resumos-literarios/tutameia-terceiras-estorias.html > Acesso 04 abr.2009.

BRASIL ESCOLA. Guimarães Rosa. Disponivel em:< http://www.brasilescola.com/literatura/guimaraes-rosa.htm> Acesso em 30 mar.2009.

MUNDO VESTIBULAR, Clarice Lispector - A Hora da Estrela. Disponivel em:< http://www.mundovestibular.com.br/articles/51/1/A-HORA-DA-ESTRELA---Clarice-Lispector-Resumo/Paacutegina1.html > Acesso em 04 abr. 2009

PAGNAN, Celso Leopoldo. Literatura brasileira. Universidade Norte do Paraná,
letras 7. São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2009.

PASSEIWEB. Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade. Disponível em < http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/a/alguma_poesia > Acesso em 04 abr. 2009.

TEXTO EDITORES UNIVERSAL. Língua portuguesa on-line. Disponível em <http://www.priberam.pt/dlpo.> Acesso em: 04 abr. 2009.

TRABALHO LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

Atividade 1 – FURO DE REPORTAGEM

Em uma pequena cidade imaginária de uns 30mil habitantes, situada entre o estado de Amazonas e do Pará, um jovem repórter de 35 anos, formado em historia americana, é chamado às pressas, por um fazendeiro local, a rádio em que o repórter trabalha é comunitária e só é ouvida dentro do território de sua cidade. Assim que entra no ar, ele fala: Bem amigos, estamos aqui, na fazenda Tabúa, neste município de Pedreiras onde fomos chamados pelo proprietário da mesma, após a descoberta de um incrível achado arqueológico, que pode mudar até a historia do nosso país.
Tudo aconteceu há apenas duas horas atrás, estávamos na rádio, recebemos a informação, e, de imediato viemos conferir, e, pelo que vimos aqui, o dono da fazenda, o senhor João Soares tinha razão: É uma descoberta fascinante, em breve este local deverá ficar cheio de pesquisadores, repórteres e demais entendidos, alem de admiradores de relíquias dos povos pré-colombianos.
Mas, vamos aos fatos: O Senhor João Soares resolveu reformar a barragem existente em sua propriedade, para isso precisava de muita pedra e decidiu dinamitar uma enorme rocha que fica no final de sua propriedade, assim como já fizeram muitos fazendeiros de nossa região. Ao tentar dinamitá-la, a enorme rocha partiu-se ao meio e mostrou por traz dela uma enorme passagem que entra no morro e depois desce para dentro dele. Esta passagem leva há uma enorme construção subterrânea, com características nunca vistas em nosso país.
Eu fui um dos primeiros a entrar, o local ainda esta sem iluminação, levei lanternas e o que pude ver foi um enorme salão, que parecia ter janelas, com algo tipo um parlatório, ou um altar no centro. Provavelmente era utilizado em cerimônias ou festas. Me chamou especial atenção, para as pedras deste local, bem limpas como se fossem polidas, destoando do resto da construção. Pude perceber figuras nas paredes, que lembras pinturas rupestres acompanhadas de pequenas inscrições que lembram textos, apesar de os caracteres não serem os mesmos de nosso alfabeto.
O chão desta enorme sala esta coberto de uma camada espessa de terra negra que parece cinzas endurecidas, em uma segunda sala anexa a primeira encontrei artefatos que parecem lanças e outros que lembram escudos, todos com um símbolo de um sol, o que lembra o povo Huari, do qual descendeu os Inca, pois este era seu principal deus. Jogado num canto da sala, vi um medalhão com uma coroa gravada, com inscrições parecidas com a língua espanhola.
Muitos pesquisadores irão descobrir todos os mistérios deste local, porem eu, um dos primeiros a vê-lo arrisco-me a deduzir pelo trabalho na pedra, semelhante a Machu Picchu, no Peru, que este local poderá ser uma cidade inteira, é provavelmente mais uma construção dos Incas, ou de seus antecessores e com isso reescreverá a historia desta civilização, mostrando que não viveram apenas no litoral, vieram ao interior, talvez até viveram primeiro aqui, e só depois, foram ao litoral, talvez retornando a viverem neste local, refugiados dos conflito com os espanhóis.
Infelizmente as cinzas no chão, provam que aconteceu uma enorme catástrofe natural, que criou toda esta cordilheiras de montanhas (mesmo que de baixa altitude) e soterrou os prováveis últimos refugiados deste antigo império. Arrisco-me mais, esta construção deve ter mais de 3 mil anos, faremos maiores investigações e levaremos ao ar amanhã com esta que provavelmente será a maior descoberta arqueológica da historia do Brasil.

Atividade 2 – ENTREVISTA TELEVISIVA OU RADIOFÔNICA

Nas entrevistas televisivas ou radiofônicas, a fala apresenta muita semelhança com a escrita, devido ao uso de termos muitos utilizados na variedade padrão da língua.
A característica principal que assemelha este gênero oral dos gêneros escritos é o planejamento, que geralmente é feito pelo entrevistador e visa “guiar” o caminho que será percorrido pelo entrevistado. Assim sendo o entrevistador ou a sua equipe formula perguntas diferentes e adequadas a cada entrevistado. No caso de um poeta é normal perguntas sobre sua infância, sua família, o que o levou a escrever, quais seus livros preferidos entre outras.
Com um político praticamente nenhuma destas perguntas seriam feitas, com certeza de planejaria questões sobre cultura, meio ambiente, corrupção... Por serem planejadas com uma certa antecedência as vezes o entrevistador as atualiza em pleno programa criando situações em que se percebe mais facilmente a descontração dos gêneros orais.
No caso dos entrevistados, salvo raras exceções só sabem o tema da entrevista, então se “preparam” para responderem sobre tal assunto, e, fazendo isso geralmente lêem sobre o assunto e preparam respostas no mesmo nível cultural do entrevistador, assim sendo usam o padrão culto da língua, o que aproxima muito as respostas da linguagem escrita.
Poderíamos assim elencar as principais características do gênero oral entrevista: a) perguntas planejadas antecipadamente; b) fala orientada geralmente por fichas, com tempo cronometrado; c) local combinado e conhecido; d) tom de voz modulado de acordo com o tema; e) possibilidade de atualização de perguntas, no caso de algum fato novo sobre o tema abordado; f) presença de “platéia” no local da entrevista e fora dela; g) uso de linguagem oral de forma culta; h) presença física dos falantes, platéia e presença “virtual” de outra platéia que as vezes pode interagir via computador ou telefone.
Vale destacar também que neste gênero o entrevistado pode se ofender, ou não concordar com alguma colocação do entrevistador, o que pode causar constrangimento e mudar o “ritmo” da conversa para um plano bem inferior ao usado na norma culta de língua.

Atividade 3 – ELOCUÇÃO FORMAL

A transcrição da entrevista que serve como base para este texto, é sim um registro formal da língua falada devido a formatação de sua escrita e as marcas lingüísticas características que são usadas na oralidade.
Podemos perceber claramente os marcadores: bom, desse/dessa, pausas seguidas, reiterações, éh, no, eu (repetidas vezes), de que, esses/esse, tem, encabeçar a lista, e sim, ao fato, de ele, e cheguei, parti, eu não preciso ficar repetindo aqui, né?, nem, então, até, se ia, não é que eu tenha nada contra, ao contrário, eu acho, bem, uma ques/uma..., dizia-se que..., primei/primeiros, hoje em dia, ou seja, da... da, do livro número quatro...não... do livro número três... se não me engano...
Os termos estão como aparecem no texto e não foram repetidos os números de vezes em que aparecem por motivos lógicos. Todos eles servem para provar que o arquivo é um registro, uma amostra da língua oral, que é informal e não foi totalmente planejado, mas segue uma seqüência interessante pois volta ao tema de forma discreta, o que mostra o bom nível cultural da entrevistada, com certeza algum com menos cultura teria voltado ao tema de forma mais “visível” e mais vezes.
Assim como acontece uma oralização de um texto escrito, também acontece a escrita de um texto oral e este exemplo traz consigo todas as características do texto oral, seus marcadores, suas repetições, sua forma, que transpassa ao leitor o sentido de uma mensagem criada e executada no mesmo momento, dá até para “sentir” o nervosismo da entrevistada.

Atividade 4 – EU SOU O ENTREVISTADOR ?

Para esta atividade, visando uma fala bem natural resolvi não entrevistar diretamente e sim “grampear” (risos) alguns amigos. Assim sendo no meio do meu trabalho, ao recebê-los e sem que os mesmo percebessem comecei a gravar as conversas, então após os contatos normais de serviço “puxei” o assunto para a língua portuguesa.
No primeiro momento o papo fluiu naturalmente, mas depois de algumas perguntas mas especificas senti que os “entrevistados” estranharam a insistência e tornaram as respostas mais bem elaboradas, até certo ponto próximas da linguagem “padrão”, ou seja formal, como se não tivessem mais a mesma “intimidade” com o que estavam falando.
Os marcadores conversacionais mais utilizados foram: é assim, na verdade, tranqüilo, é a questão, a sim... né?, isso mesmo?, sabe?, entendeu?.



A língua portuguesa... é interessante... porem assim... muito difícil de ser... iscrita, na verdade... pra se falar até tranqüilo mas pra se escrever muito mais difícil.

A maior dificuldade que eu tive na língua portuguesa na verdade é assim é... é a questão gramatical... a sim... a questão de ditongo é muito difícil... a questão de acentuação...

Pra eu falar do que me lembro bem é assim ... as vezes a a questão de coordena... é... de... coordenação né? Isso mesmo que se fala? Coordenação ... no momento so me lembro disso mesmo... coordenação fala uma coisa e pra escrever tem que se escrever concordando, sujeito com verbo né assim ? predicado e as vezes pra falar não se exige tanto

Se eu tivesse oportunidade eu estudaria á nossa própria língua, o português embora é dificil sabe? Se escrever e falar... é ...escrever na verdade... mas é interessante se eu tiver oportunidade de aprender eu aprendo outra língua que conhecimento nunca ´demais, entendeu?(... ....) embora seja dificil mas eu gosto da língua portuguesa




Referências:


COLA DA WEB. A Cultura Maia, Asteca e Inca Pré-Ocidentalização. Disponível em < http://www.coladaweb.com/hisgeral/maias_astecas_incas.htm > Acesso em: 15 abr. 2009.

HISTORIA VIVA. Apreendidas na Espanha peças de arte pré-colombianas. Disponível em < http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/apreendidas_na_espanha_pecas_de_arte_pre-colombianas.html > Acesso em: 15 abr. 2009.

LIMA, Lilian S A Moreira. Lingua portuguesa: história. Universidade Norte do Paraná, letras 7. São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2009.

TEXTO EDITORES UNIVERSAL. Língua portuguesa on-line. Disponível em <http://www.priberam.pt/dlpo.> Acesso em: 14 mar. 2009.

TRABALHO LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

Atividade 1 – DIVAGAÇÕES SOBRE O DIALETO CAIPIRA.

Eu vó te dizê: lugá de muiê é na cuziá. Esta frase, apesar de não parecer em língua portuguesa, esta perfeitamente aceita e legitimamente “entendida” no nosso idioma, tratava-se de uma variação muito usada na costa brasileira, principalmente nos primeiros anos de colônia, quando os jesuítas esforçavam-se para evangelizar os povos nativos.
Segundo historiadores este dialeto foi resultado de uma dificuldade natural que as pessoas tem de emitir novos sons, ou seja, falar uma língua que não estavam acostumados, neste sentido “ajustavam” o novo idioma ao que seria possível falar (emitir um som parecido). Tinham maiores dificuldades nos fonemas das letras “l”e “r”, especialmente em final de palavras, sendo assim animal, torna se animá e falar tem a pronuncia falá. No caso das consoantes “dobradas” lh, nh, acontecia um processo de vocalização, por exemplo, colher, vira coiêr e manhoso se transforma em maiôso.
Coutinho, no recorte de trecho, enviado pela professora Lilian para este trabalho, percebe que este dialeto caipira esta sendo extinto pelo progresso do país e pela “invasão” dos novos meios de comunicação na vida de pessoas simples que viveram (e vivem) afastados dos grandes centros urbanos. Eu iria mais longe, o dialeto caipira esta sendo menos usado também por motivos hereditário, seus primeiros usuários falavam outra língua e tinha a dificuldade de falar o português, os novos usuários já nasceram “ouvindo” o português e por isso tendem a falar sem a dificuldade que existia anteriormente, em outros termos já é a língua natural, daí a facilidade de emitir os sons que nos dias de hoje acontece.
Se eu estou certo, então o que explica a “sobrevivência” deste dialeto em pequenas cidades? Neste caso volta-se a teoria de que o ser humano tende a formar palavras paroxítonas, com menos letras, daí que algumas pessoas continuam falando da maneira que entendem mais fácil, e fazem menos esforço.
Na literatura temos personagens interessantes, entre eles vale destacar o Jeca Tatu de Monteiro Lobato, caipira típico que com o menor esforço possível conseguia sobreviver às maiores dificuldades. Deixando as historias literárias de lado e colocando em pratica os ensinamentos do curso quanto a historia da língua e suas fontes de conhecimento poderiam dizer que o dialeto caipira foi uma pequena gota de orvalho na enorme árvore que nos presenteou com a “última flor do Lácio”.
Como todo orvalho, irrigou a planta, foi interessante enquanto existiu, mas com a chegada do sol (conhecimento da língua) secou, sem deixar maiores rastros. Seus metaplasmos apócopes e síncopes tendem a desaparecer com o passar dos anos e devem ter um pequeno espaço nos grandes livros de lingüísticas históricas que serão feitos e revisados sobre a origem, evolução e transformação da língua portuguesa.
Só o pensamento do velho caipira, continua sendo aceito, apesar de sofrer enormes alterações: Lugar de mulher é na cozinha, no escritório, na presidência da república...

Atividade 2 – ANALOGIA, A METAMORFOSE DA LÍNGUA.

A relação de semelhança, principalmente de sentido entre palavras existentes e conhecidas com outras, que devem existir, mas talvez eu não ás conheça é um dos grandes mistérios da língua portuguesa. Porque “embarcamos” em um avião?
A analogia, ao contrario dos demais processos estudados, os metaplasmos, ela não acrescenta, elimina ou muda fonemas. O que ela faz é mudar um sentido inteiro para outro, às vezes oposto, isso geralmente acontece depois de um longo período de tempo.
Esta metamorfose das palavras no decorrer da historia formaram frases “celebres”. Walter Prevóst disse: “A memória é como uma maleta. Sempre colocamos nela coisas que não servem para nada”. Jonh Lennon falou: “A ignorância é uma espécie de bênção. Se você não sabe, não existe dor”. Ambos falavam da mesma coisa, de formas diferentes e em momentos diferentes, falavam da intertextualidade de forma analógica, comparavam, faziam por base na semelhança analogias as suas respectivas filosofias.
Analogia em lingüística é isso: a mudança de sentido, ora em uma só palavra, ora em uma frase inteira, é um “objeto deformador” que não deforma e sim “toma emprestado” de acordo com o contexto qualquer palavra, e usa-a de forma que todos a compreendam, mesmo que ela nem lembre o seu sentido “original”
Peixeira é uma faca pequena e afiada, que possivelmente ganhou este nome devido ao seu uso inicial para limpar peixes (perceba que o Darwin devia mesmo estar certo tudo começo nas águas, ou perto delas, embarcar, peixeira, tudo leva-nos de volta as águas). Hoje a peixeira, em algumas regiões, é mais conhecida que o nome faca, assim sendo em algumas décadas, nestas regiões peixeira assumirá o “sentido” total de faca, com isso, teremos a peixeira de mesa (faca de mesa) assim como já temos a peixeira de gado, a peixeira do churrasco...
Mas, voltando ao inicio do texto, qual o neologismo que poderia criar para entrar em um avião? Para criá-lo com certeza seria necessário mais uma analogia, como “entrar em um barco”, é embarcar entrar em um avião, seria emàviar; em um trem, emtrenzar; e em um ônibus? Bem em um ônibus, seria preciso usar uma linguagem atual, buzú, aí embuzuariamos. Ainda bem que podemos usar a analogia, assim deformamos e simplificamos.



Referências:

BIBLIO.COM.BR. O dialeto caipira – Amadeu Amaral. Disponível em: < www.biblio.com.br/conteudo/amadeuamaral/odialetocaipracreditos.htm > Acesso em 10 mar.2009.

BRASIL ESCOLA. Charles Darwin. Disponível em <http://www.brasilescola.com/biologia/charles-darwin.htm > Acesso em: 10 mar.2009.

FRAZZ. Walter Prévost. Disponível em < http://www.frazz.com.br/frase.html/Walter_Prevost-A_memoria_e_como_uma-59003 > Acesso em: 13 mar. 2009.

LIMA, Lilian S A Moreira. Lingua portuguesa: história. Universidade Norte do Paraná, letras 7. São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2009.

MARTINS, José de Sousa. Línguas brasileiras – dialeto caipira. Disponível em: < http://www.terrabrasileira.net/folclore/manifesto/caipira.html > Acesso 11 mar. 2009.

MENSAGENS COM AMOR. Frases de Jonh Lennon. Disponível em < http://www.mensagenscomamor.com/frases_de_john_lennon.htm > Acesso em: 13 mar. 2009.

SILVEIRA, Antonio. De Jeca tatu a Zé ninguém. Disponível em < http://www.aultimaarcadenoe.com/conto8.htm > Acesso 10 mar. 2009.

TEXTO EDITORES UNIVERSAL. Língua portuguesa on-line. Disponível em <http://www.priberam.pt/dlpo.> Acesso em: 14 mar. 2009.

12 de novembro de 2008

DIÁRIOS DE REGÊNCIA



Diário de Regência N° 01 (aulas geminadas)


Escola: Edna Moreira Pinto Daltro

Data: 09/09/2008
Local:Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula: 10:20 ás 12:00

Professora da sala: Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano

Número de Alunos: 29
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça
Tema: Características do Realismo/Naturalismo e Realidade da Escola


Voltando a sala 15 dias após á ultima participação ainda tínhamos um bom contato com a turma. Preparamos bem nossa primeira aula de forma que nossos conhecimentos foram suficientes para que os alunos assimilassem os conteúdos, visto que foram duas aulas em seqüência com temas que se intertextualizam, mas estão em momentos diferentes da historia.
O uso de computador, que trouxemos, ajudou muito no sentido de inovar ao trazer novos recursos para a aula. Foi decisivo na interação com a turma, visto que muitos deles passam horas de seus dias conectados nos “pcs”.
Acreditamos que os alunos, ao menos a grande maioria conseguiu compreender e assimilar os assuntos das aulas, devido a participação e ao resultado dos pequenos exercícios propostos.
Quanto a disciplina, não houve problemas, é uma sala com um número bom de alunos, em sua maioria meninas, o que facilita na questão do comportamento em sala de aula.
A forma como organizamos os conteúdos, recapitulando momentos históricos para explicar as características favoreceram o entendimento da seqüência lógica da aula, o fato de na segunda metade colocarmos um assunto atual (a realidade da escola) com o texto “de pais e professores” causou um reflexão realista que serviu de ponto forte no ato de adquirir conhecimentos.
Nossas maiores dificuldades foram a dicção (Orlando) e a falta de costume de falar em público (Aurilene) que de certa forma atrapalha o bom andamento da aula, porem são pequenos empecilhos que devem serem melhor trabalhados para não ocorrerem em outras oportunidades.
Acreditamos que conseguimos atingir os objetivos desta aula.



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Diário de Regência n° 02

Escola: Edna Moreira Pinto Daltro

Data:11/09/2008
Local: Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula:09:10 ás 10:00

Professora da sala: Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano
Número de alunos: 29
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça
Tema: Aloísio de Azevedo – Um pouco de sua obra


De acordo com o projeto de ensino que tem como eixo fazer uma “ponte” entre o período realista e a nossa realidade, a aula que regemos nesta data atingiu todos os seus objetivos, os conhecimentos adquiridos na preparação foram complementados com o vídeo “isso é realismo”, coletado na internet e exibido em sala de aula.
A compreensão dos alunos aconteceu de forma espontânea devido ao contato atual com a informática o que deixou mais simples a apresentação, porem notamos que na leitura da biografia do Aloísio demonstraram cansaço e pouco interesse. O que não chegou a causar indisciplina, pois a sala é bastante comportada.
Mais uma vez, tivemos problemas na dicção, devido ao fato de um dos nossos estagiários (Orlando) ter pequenos problemas de dicção e ao mesmo tempo falar bastante, pois sua intertextualidade é enorme em relação ao assunto, devido ao seu extremo esforço em apresentar o melhor possível.
A fixação do aprendizado parece ter acontecido, pois os exercícios propostos foram respondidos dentro do tempo estipulado.
Quanto a parte de interação regente/aluno percebemos que a escola favorece, porem os educandos não demonstram interesses específicos em compreenderem a realidade de sala de aula e confrontarem com os textos realistas escritos á mais de um século. A leitura dos livros solicitados parece acontecer de forma “obrigatória” e não muito prazerosa.
O maior destaque dado pelos alunos a biografia do Aloísio foi o fato dele ter escrito “o mulato” antes da abolição, o que demonstrou um engajamento político do escritor, em sintonia com o seu tempo. Em sala, questionados, nenhum soube falar qual seria o movimento atual que mereceria sua atenção e seu engajamento.
Conseguimos aperfeiçoar o tom da voz e a pronuncia.



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Diário de Regência n° 03

Escola: Edna Moreira Pinto Daltro

Data:12/09/2008
Local:Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula:9:10 ás 10:00

Professora da sala: Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano
Número de alunos: 29
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça
Tema: Livros O Cortiço e O Mulato


Preparamos “sinopses” dos livros o Cortiço e o Mulato para a turma, esta maneira foi bem recebida pelos alunos devido ao efeito “de filme” que inserimos na maneira deles perceberem os romances, com isso atingimos nosso objetivo principal que era atrair a atenção deles para a leitura dos mesmos.
No campo do nosso conhecimento sobre o tema, estávamos preparados e de forma cronológica selecionamos falas de personagens e descrições de ambientes que levaram os alunos, a compreenderem o momento vivido pelas principais “figuras” dos livros relatados.
A interação com a turma aconteceu de forma natural e eles colaboraram com a leitura dos trechos, aconteceu um envolvimento com a reflexão das historias e tentamos uma comparação com a realidade de nossa cidade, em especial com a vida dos próprios alunos.
Não houve nenhuma indisciplina e a fixação do conhecimentos foi feita através de exercícios que levavam em conta mais o entendimento de mundo do que própria mente o que estava escrito nos trechos selecionados dos livros.
A aula partiu do livro o mulato, mais antigo, para depois abordar o livro o cortiço, este escrito depois da proclamação da república, esta seqüência foi interessante para o entendimento de que primeiro Aloísio lutou pela abolição e depois percebeu a “favelização” que aconteceu no inicio do república, e que veio a ser o tema do ultimo livro estudado.
Favelização, aliás, é o nome do vídeo apresentado na sala que mostra de forma inequívoca a repetição dos acontecimentos e a conexão entre a nossa realidade atual e a literatura realista, este vídeo também coletado na internet foi um dos pontos interessantes, que serviu para mostrar aos alunos a capacidade de Aloísio perceber e participar de sua “realidade”.



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Diário de Regência n° 04 (aulas geminadas)

Escola: Edna Moreira Pinto Daltro

Data: 15/09/2008 (antecipada para fugir da paralisação dos professores)
Local:Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula:10:20 ás 12:00

Professora da sala: Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano
Número de alunos: 29
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça
Tema: Escritores Realistas / Tecnologia e Literatura



Nesta aula geminada, que acontece uma vez na semana aproveitamos para estreitar mais o laço entre período realista/naturalista e o momento em que vivemos em especial a forma como se dá as novas tecnologias e sua influência nos livros.
Nossos conhecimentos sobre ao assunto são frutos de pesquisas na internet, visto que é um tema bastante atual que mostra a influência de novas tecnologias nas formas de impressão e acabamentos dos livros, assim como em seus conteúdos.
Como recursos, utilizamos cópias de um texto retirado da web, que achamos o mais adequado para o assunto, como nas aulas anteriores os alunos mostraram preguiça na leitura, o que foi de certa forma uma indisciplina leve, que controlamos, auxiliando-os na interpretação de termos até então desconhecidos.
Explicamos de forma pormenorizada e avaliamos com exercícios simples de percepção de diferenças em livros antigos e modernos. Na segunda parte da aula, sobre os principais escritores realistas em língua portuguesa estávamos bem mais preparados e a interação aconteceu mais fácil, com a compreensão dos educandos sendo facilitada por imagens no computador.
Conseguimos melhorar a pronuncia e a dicção. A aula, apesar de longa transcorreu de forma lógica, com a seqüência imaginada, ficaram perguntas sem respostas que não estávamos capacitados a responder, porem de forma geral os conhecimentos que tínhamos foram suficientes para dissertarmos sobre os assuntos e o aprendizado constatado nos questionamentos foram muito bons.
Atingimos, aproximadamente uns 85% dos nossos objetivos, para uma próxima aula sobre tecnologia precisamos melhorar.



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Diário de Regência n° 05

Escola: Edna Moreira Pinto Daltro

Data: 18/09/2008
Local:Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula:9:10 ás 10:00

Professora da sala: Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano
Número de alunos: 29
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça
Tema: Eça de Queiroz - Um pouco de sua obra


Demonstramos total conhecimento sobre o tema, o que facilitou esta aula, como material de apoio trouxe vídeos sobre o autor e sobre o livro “O Primo Basílio”.
Alem dos vídeos, também usamos como materiais cópias da biografia do autor, que foi lida em forma de grupos pela turma, estes matérias foram adequados e resultaram em um bom aprendizado.
Surgiram questionamentos sobre a vida e algumas obras modernas, como filmes e novelas e todas conseguimos explicar, esclarecendo em pormenores as perguntas sobre Eça de Queiroz.
Como fixação de conhecimentos, passamos o exercício de “refazer” trechos da obra em linguagem moderna, o que foi prontamente feito pela turma que também se animou ao perceberem o trecho original que existe na musica de Marisa Monte, declamado por Arnaldo Antunes.
A seqüência lógica da aula favoreceu o entendimento e não tivemos nenhuma dificuldade sobre este assunto. Acreditamos que os alunos conseguiram entender, pois adequamos o vocabulário e tivemos um bom retorno nos exercícios.
Quanto à dicção e a pronuncia já melhoramos bastante, evitando o uso convencional que fazemos de palavras no nosso cotidiano. Em sala de aula, chegamos a conclusão de que se deve tentar ao máximo aproximar a fala aos costumes dos alunos, isso traz maior interação e facilita o ato de compartilhar idéias.
Atingimos totalmente o objetivo da aula devido principalmente aos resultados obtidos nas atividades, conseguimos passar de forma objetiva toda a biografia de Eça, alguns de seus principais livros, em especial “O primo Basílio” que esta sendo lido por uma parte da sala para o trabalho da unidade e para a atividade final de avaliação deste estágio.



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Diário de Regência n° 06

Escola: Edna Moreira Pinto Daltro


Data: 19/09/2008
Local:Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula:9:10 ás 10:00


Professora da sala: Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano
Número de alunos: 29
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça
Tema: Machado de Assis - Um pouco de sua obra


Machado de Assis é o tema Principal desta aula que se iniciou de forma parecida coma anterior, acontecendo a distribuição de material impresso contendo a biografia do autor.
Nosso conhecimento sobre Machado foi suficiente e o aplicamos de forma adequada na sala, levando o aluno de forma cronológica a perceber a vida e a extraordinária influência do autor na nossa literatura.
Usamos de recursos impressos e de vídeos para levar este entendimento a todos, com a exibição de um pequeno filme sobre Dom Casmurro notamos na sala a total atenção dos alunos, sua interação com o autor e seus reconhecimentos pelo “patrono da academia brasileira de letras”
Aconteceu uma pequena aglomeração em frente ao computador durante a exibição do filme, porem conseguimos de forma fácil controlar a situação e recolocar em ordem a sala de aula.
Respondemos todas as perguntas surgidas sobre machado de Assis e seus livros, bem como auxiliamos na interpretação de trechos escolhidos do livro Dom Casmurro, aliás este também esta sendo estudado e será objeto de avaliação na ultima aula deste estágio.
Quase no final, já que esta foi a penúltima aula, a interação dentro da sala aconteceu totalmente, não havendo “medos” entre nós, estagiários e o alunos, que se comportaram de forma natural, como se já fossemos seus professores regentes desde o inicio do ano. Isso também se reflete no uso que fazemos da voz, principal recurso do professor, já falamos em tonalidade adequada a sala com a dicção muito boa e a pronúncia melhorada.
Atingimos 100% dos nossos objetivos nesta aula, incentivamos a leitura do livro Dom Casmurro, mostramos e explicamos a biografia de sue autor, refizemos trechos da obra, e contextualizamos com a nossa realidade . .





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Diário de Regência n° 07 (aulas geminadas)

Escola: Edna Moreira Pinto Daltro

Data: 23/09/2008
Local:Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula:10:20 ás 12:00

Professora da sala: Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano
Número de alunos: 29
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça
Tema: Avaliação sobre o Realismo/naturalismo e a nossa realidade


Estas são as últimas aulas deste estágio, iniciamos ás com o vídeo “Como o Brasil trata seus estudantes” do programa Repórter Record. O objetivo é mostrar, de forma naturalista, a realidade no ensino brasileiro.
Em seqüência revisamos todo o assunto, em ordem cronológica, fizemos comparações, metáforas, demos exemplos e passamos as avaliações, estas foram feitas de forma individualizadas para cada grupo. Explicando melhor, o grupo que estava lendo um livro, recebia a avaliação contendo sete questões relativas aquele livro, mais três questões sobre os outros assuntos das aulas dadas. Assim, tínhamos quatro provas diferentes na sala.
Após recolhidas às avaliações nos despedimos, agradecendo a oportunidade do colégio, da professora regente e dos alunos, que foram nossos parceiros, pois ao tempo em que nos dedicávamos para preparar as aulas para ensiná-los, também aprendíamos, com isso saímos destes estágios bem mais conscientes do papel importante do professor.
Acreditamos ter atingido na aula 100% dos nossos objetivos, e no estágio algo em torno de uns 90%, a interação escola/educador foi muito importante neste processo. A turma colaborou muito, a professora da sala foi excepcional e o resultado foi um enorme conhecimento adquirido.
Reconhecemos que temos muito o que aprender, e que o aprendizado deve ser constante e que as dificuldades servem como desafios, para serem vencidos, com esforço, dedicação e muito trabalho.
É impossível se passar em uma aula tudo o que se prepara para ela, é incrível como o tempo de uma aula é pequeno, se comparado ao tempo que se levou para prepará-la, agora mais do que nunca, temos consciência do trabalho árduo que é ser professor. São heróis anônimos que hoje fazem o papel de mestres e de pais, sem ganhar muito por isso.

DIÁRIOS DE PARTICIPAÇÃO - MODELOS

Estas aulas foram observadas no Colégio Edna Moreira Pinto Daltro em Capim Grosso - Bahia.
Aproveito o Blog, para Agradecer o carinho, da Direção da escola, da professora regente, dos alunos e, ( sempre tem algo pra se reclamar) rs rs
reclamar da facul, que deveria no minimo dar um desconto na mensalidade durante o período de estágio, como forma de compensar a duro trabalho de ensinar, afinal dentro da sala, de certa forma, se faz "comercial" da facul...
Bem, vamos aos Diários!!!













Diário de Participação n° 1 ( aulas geminadas)
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Escola: Edna Moreira Pinto Daltro
Data:19/08/2008
Local: Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula: 10:20 ás 12:00
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano
Professora Regente:Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça


A professora regente nos apresentou a turma, fomos bem recebidos, falamos um pouco sobre a nossa faculdade, sobre esta nova maneira de ensino á distancia, sobre como são feitos e enviados os trabalhos e sobre como se dará a nossa participação nesta sala de aula.
Em seguida a professora entregou as provas da II unidade, que teve como tema o período romântico e passou a correção no quadro. Nós auxiliamos os alunos de forma direta acompanhando de cadeira em cadeira e, na medida do possível tirando dúvidas.
Foi uma aula longa (geminada) onde podemos perceber que esta sala é comum, ou seja, tem alunos interessados e desinteressados,uns que participam e outros que atrapalham os colegas.
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Diário de Participação n° 02
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Escola: Edna Moreira Pinto Daltro
Data: 21/08/2008
Local:Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula:09:10 ás 10:00
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano
Professora Regente:Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça


Em nossa terceira aula de observação já estávamos mais “enturmados” e auxiliamos a professora no assunto: introdução ao realismo.
Distribuímos o material impresso e a professora apresentou um sliders pormenorizados cada fase do contexto histórico na Europa e depois no Brasil, momentos estes que anteverão e conviveram com os textos realistas.
No Brasil o destaque maior foi dado aos fatos, de abolição da escravatura e no ano seguinte a proclamação da república que tiveram influências decisivas e de certa forma confirmarão ideais que há certo tempo já vinham em curso.
Foi uma aula tranqüila e acreditamos proveitosa para todos.
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Diário de Participação n° 03
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Escola: Edna Moreira Pinto Daltro
Data: 22/08/2008
Local:Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula:09:10 ás 10:00
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano
Professora Regente:Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça


Dando seqüência a aula anterior o tema desta foi naturalismo e nela a professora regente trouxe material de apoio bastante interessante que foi símbolos de partidos, os mais conhecidos e fortes o comunista ( a foice e o martelo) e o nazista (a suástica) que mostram o pensamento da luta de classes, uma das fortes características do naturalismo, a vontade de “subir na vida”.
Foi mostrado o antagonismo á esta vontade humana que foi “determinismo”, falou-se também do evolucionismo, do cientificismo e dos romances de “teses”, como o mulato.
No mesmo contexto histórico-cultural do realismo, as obras naturalistas, primam pela descrição exagerada das reações humanas de forma instintiva.
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Diário de Participação n° 04
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Escola: Edna Moreira Pinto Daltro
Data: 26/08/2008
Local:Capim Grosso - Bahia
Hora de Inicio/Término da Aula:10:20 ás 11:10
Nível/Série: Ensino Médio / 2° Ano
Professora Regente:Eli Vaneide Cedraz de Oliveira Barbosa
Estagiários: José Orlando O. Rios / Maria Aurilene R. Mendonça


Nesta última aula de observação e, já em comum acordo conosco a professora regente passou o trabalho da unidade que consiste na leitura de quatro romances realistas/naturalistas que são: o Mulato, o Cortiço, Dom casmurro, e O primo Basílio.
Nos ajudamos a distribuir alguns romances na sala e de forma aleatória pedimos que alguns alunos lessem pequenos trechos, mostramos a diferença da forma de escrita para a nossa atual e apontamos peculiaridades que devem ser observadas durante a leitura dos romances.
A sala não pareceu muito animada para a leitura.

9 de setembro de 2008

FORMATAÇÃO DE TRABALHOS






Escolha uma imagem e clique para ampliar e você ver melhor.
A formatação de trabalhos em word é bem simples e só necessita que se tenha um minimo de conhecimento para que o mesmo não fique fora dos padrões da ABNT
Leia o tutorial com calma e formate corretamente o seu trabalho.
1. Apos abrir seu word clique em layout da pagina, depois clique em margens em seguida escolha margens personalizadas. abrirá a pagina "configurar pagina".
então é colocar as margens como se encontra na imagem acima: 3 cm superior e esquerda e 2 cm inferior e direita.
2. Nesta mesma pagina, clique em papel e escolha A4 veja na imagem acima, de o "ok"
3. Na mesma tela do word (layout de pagina) veja o subtitulo "paragrafo", clique no quadradinho que fica no canto inferior direito, abrirá a tela Paragrafos, vá em "alinhamento" e escolha justificado depois vá em "espaçamento entre linhas" e escolha 1,5 linhas de o "ok" e começe a escrever seu trabalho.
Não se esqueça: Um trabalho acadêmico deve conter Capa, Folha de rosto, Conteudo(suas respostas) e referêcias ( inclusive deste blog, se você usar alguma informação daqui).
Sei que você ja sabe, mas vou escrever.
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LITERATURA E TECNOLOGIA







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Derrick de Kerkhove assinala três grandes conceitos que interferem na realidade virtual: digitalização, fragmentação, descontextualização: "a digitalização é o novo tradutor universal de todas as substâncias heterogéneas... A fragmentação não bastava para libertar a matéria e a informação para análise e re-utilização. O princípio tinha de apoiar-se no seu corolário... o princípio da descontextualização também se apoia na reação neurofisiológica aos critérios de decifração" . Mantenhamos por enquanto a idéia de que a literatura é mais uma técnica do imaginário do que uma tecnologia. Joris Vlasselaers (Outro escritor do eixo literatura/tecnologia) observou que na cena literária da Europa ocidental “algumas inovações relacionadas com a teoria literária manifestam claras interferências da mídia tecnológica em poéticas e formas literárias”. A literatura tornou-se um medium entre outras mídias. Esta transformação veio manifestar o indiscernível momento de contaminação que faz dela simultaneamente uma técnica e uma tecnologia do imaginário. Avizinham-se os tempos da escrita eletrônica em que as novas mídias provocarão uma modificação no próprio sistema literário aos níveis da produção, mediatização, recepção e processamento. Perdido o seu momento aurático, o texto literário vai tornar-se, por efeito da alteração das mídias e do próprio mercado dos bens culturais, um híbrido, um artefato. Ludwig Tieck, no início do Romantismo, sonha com uma poética da analogia, apontando já para a importância da noção de velocidade e dinamismo para a criação de um novo tipo de literatura. “Na poética de Rimbaud, encontramos fragmentos nos quais a dinâmica e a velocidade energética da modernidade constituem a base de novas formas literárias, rodopios de associações sem nenhum momentum associativo explícito”. Bem antes de MacLuhan, os futuristas italianos vão desenvolver uma autêntica poética da analogia, uma poética de “imaginazione senza fili”, associada a uma terminologia tecnológica, a da telegrafia sem fio de Marconi, que aproxima o sistema tradicional da comunicação literária das exigências modernas da velocidade, urgência e imediatez. A literatura informática é fruto essencialmente da metamorfose em que o texto reflete no monitor, o processo da sua gênese eletrônica que é especular. O leitor, no novo meio eletrônico digital, através de um simples clique, obtém associações múltiplas entre palavras, sons e imagens, aproximando-o da mistura de sentidos infinita de Peirce. T. H. Nelson e Negroponte resumem esta mudança da seguinte maneira: 1. As mídias têm vindo a impor há muito tempo as suas idéias aos leitores e espectadores; 2. A nova tecnologia inaugurará o que Stewart Brand, Wortzel e outros denominaram uma "renascença pessoal". Esta nova Renascença anuncia sobretudo uma nova era em que a tecnologia e as humanidades já não se encontram separadas, mas ligadas por um mídia eletrônica. Marshall MacLuhan dissera já que "Gutenberg fez com que todos se tornassem leitores. O Xerox fez com que todos se tornassem editores". Como também para Joyce os mundos virtuaiscomeçaram pelo reconhecimento de "todos serem poetas", sendo todos co-produtores. No entanto, como Moisés, nemele, que pretendia ser ele próprio "o grande engenheiro" bem como um homem da Renascença, nem MacLuhan viram aTerra Prometida do ciberespaço . O conceito de arquitetura implica a noção de construção (arquitetura e design) e de engenharia, e está na base do poético.O poético é uma forma específica de comunicação não distorcida, com um princípio mecânico (mas não mecanicista): "naera da máquina de filmar, da câmara de video, dos sincronizadores de som, interfaces de utilizadores de gráficos (GUIs),hipermidias, e realidade virtual , as possibilidades de tal exploração podem ter aumentado mas o prazer poéticoimplicado é o mesmo". Finalmente, o figural é uma construção complexa que, incluindo embora elementos materiais e formais, também émodelada pelos fatores tecnológicos do modo ou modos de comunicação em presença (disso são exemplo a primitivautilização de dispositivos tais como a sobreposição de imagens nos filmes e a utilização de tipos de caracteres no início daimprensa para produzir poemas geométricos ou figuras ortográficas). Como Genette ensina: "aquilo que podemos reter da velha retórica não é o seu conteúdo, é o seu exemplo, a sua forma, asua idéia paradoxal da Literatura como uma ordem fundada sobre a ambigüidade dos signos, sobre o espaço exíguo masvertiginoso que se abre entre duas palavras com o mesmo sentido, dois sentidos da mesma palavra, duas linguagens damesma linguagem". O que de fato está em causa é a transfiguração da experiência através da incessante re-elaboração dasdiversas mídias. Todas as palavras são portadoras de figuras virtuais e só a mediação da escrita faz com que essas figuras seconsumam e disseminem. Nunca antes as tecnologias de comunicação foram tão abrangentes de todas as potencialidadesimplicadas nas mídias e nas suas inter-relações fluidas com a atividade da "orquestração das artes". Finnegans Wake,reunindo mecanicamente os resíduos de uma cultura internacional emergente, abarca todos os modos contemporâneos ehistóricos de comunicação, de produção cultural e de maquinaria social - incluindo modos de comunicação tão diferentescomo a linguagem gestual, a linguagem do rufar dos tambores, os manuscritos, os jornais, a rádio, a TV, os filmes, ostelefones, os telégrafos e possíveis combinações futuras de todos eles; e gêneros tão diversos como a liturgia, o drama, ofolheto, poemas, desenhos animados, banda desenhada, óperas, e contos orais. As conseqüências desta revolução tecnológica sobre a literatura fazem com que a literatura que se anuncia, que se pratica,seja já uma literatura que tira partido de todas as riquezas da imaterialização dos conteúdos concretizada pelaspossibilidades que oferecem os circuitos eletrônicos ou optrónicos: imaterialidade, instantaneidade, mobilidade, fluidez,adaptabilidade, coletividade, impessoalidade, multiplicidade, interatividade, para lá das fronteiras do que se convencionouchamar para-literatura, por exemplo, ou hiper realidade. A literatura eletrônica significa, mais do que a volatilização doreferente, a sua modificação. Jean Baudrillard é dos teóricos mais desiludidos acerca daquilo que chama o "crimeperfeito": "A realidade foi expulsa da realidade. Talvez apenas a tecnologia reúna ainda os fragmentos esparsos do real.
Mas que é feito da constelação do sentido?". Referindo os aspectos abrangentes da realidade virtual e do ciberespaço, a investigação de Baudrillard no campo da "simulação" e do "êxtase da comunicação" merece ser salientado. Escritor que defende a idéia de que as tecnologias são extensão do corpo humano, como uma evolução, Ou seja, gera novos hábitos. Estamos perante um movimento ontológico maciço causado pelo advento das novas tecnologias. O movimento das realidades digitais para as realidades virtuais altera substancialmente a nossa relação com a linguagem e com a realidade. Michael Heim permite-se fazer a pergunta seguinte: "se as novas mídias alterarem a nossa relação com os símbolos, a linguagem e, portanto, a realidade, como poderemos avaliar melhor, essas deslocações ontológicas?" Ou, de outro modo: "como poderá o hipertexto reconfigurar as distinções na leitura, na escrita e nas hierarquias do conhecimento?" Se aceitarmos a afirmação de MacLuhan de que a mídia é a mensagem então o advento dos computadores não afetará apenas a rapidez com que obtemos acesso ao conhecimento, como transformarão o nosso sentido do que significa conhecer. " Jay David Bolter rejeita a possibilidade de os ambientes da realidade Virtual constituam uma fase final do desejo do signo natural, a fase em que o próprio signo é eliminado". Não existe uma forma de linguagem livre das ambigüidades e das intertextualidades da ordem simbólica. como demonstrou Umberto Eco em The Search for the Perfect Language. A mídia é a mensagem porque cria o público que lhe é mais adequado. As mídias eletrônicas criam um público cujas mudanças de humor são tão impessoais como o tempo atmosférico. A rede é fria, precisamente no sentido que MacLuhan dá à palavra: ubíqua e abrangente, mas não-diretiva, tão maleável ou "discreta" que nos obriga a um envolvimento ativo. A Rede exige muita participação. Embora para os internautas os meio frio do ciberespaço desligue muito do corpo humano e do espírito e incentive o computador a reconhecer-se como fonte de experiência independente de ambos. Outros problemas, outras perguntas defluem deste movimento de fundo que passou também à relação tecnologia/política e que permite dizer por exemplo que a única liberdade de imprensa é a liberdade realizada pela tecnologia e não pela política . A crítica da tecnologia como tal caracteriza a Escola de Frankfurt e em especial os seus principais representantes, Adorno e Horkheimer, em Dialectics of Enlightenment (1972) sustentam que a instrumentalidade é em si uma forma de domínio, que controlar os objetos viola a sua integridade, as suprime e destrói. Demonstram que a essência da tecnologia é histórica e reflexa. Como instituição a sua racionalidade é sempre implementada por formas valorativas sujeitas à crítica política. As tecnologias também abrem um potencial limitado de libertação. Jurgen Habermas estabeleceu a distinção entre o potencial de libertação implícito nas tecnologias de comunicação e a produção de indústrias culturais, por um lado, e, por outro, as distorções reais efetuadas pela forma como a organização da tecnologia opera através do modelo econômico de cultura como indústria cultural: "A comunicação livre processa-se a partir do âmbito restrito dos contextos espácio-temporalmente delimitados e permite que surjam esferas públicas, estabelecendo a simultaneidade abstratas dos conteúdos de uma rede de comunicação virtualmente presente, distante no espaço e no tempo, e mantendo as mensagens disponíveis em múltiplos contextos. Estes públicos dos internautas hierarquizam e ao mesmo tempo anulam as restrições do horizonte da comunicação possível. Um aspecto não pode ser separado do outro - e nisso reside o seu potencial ambivalente" . Eco, que abordou a questão das novas tecnologias nos seus romances - que considera "romances acadêmicos" - sustenta que: "a Disneylândia diz-nos que a tecnologia nos pode dar mais realidade do que a natureza" . O que agora vacila é a nossa concepção do dentro/fora, da intenção/extensão. Por exemplo, no filme de Woody Allen A Rosa Púrpura do Cairo, a personagem de “um outro filme” que concentra o ardor dos sonhos da espectadora; junta-se a ela na realidade (da obra), que assim se torna ficção, mas redobrada por uma outra realidade prestes a tornar-se sonho, graças à chegada do ator que representa a personagem, e cujo papel será o de reintegrar todos no seu lugar "real". Já em Emile de Rousseau, Sofia apaixona-se por Emílio porque ele se assemelha a uma personagem de um romance que ela lera. O amor faz-se pela mediação da mídia impressa. A cultura de hoje consiste em realidades construídas - Disneylândias - que são mais reais do que a realidade a que se pressupõe que exista. "É o hiperreal", é a expressão com que Baudrillard designa esta nova ordem de realidade. Desde que se fala da iteratividade com as tecnologias da comunicação, esta, como muito judiciosamente faz notar J.P. Jeudy, "continua a ser pensar de acordo com uma tradição fenomenológica: um dispositivo substitui o outro e é com ele que o sujeito se vê obrigado a dialogar. Um sistema interativo já não se dimensiona da mesma forma que a relação alter-ego, apresenta-se como um dispositivo autônomo que absorve o sujeito e as suas representações do outro". Empirismo? Não existe, por um lado, a realidade e, por outro, os sujeitos - atores ou autores; Existe a perpetua contradição do que se oferece provisoriamente como realidade ou ficção, transformando-se uma na outra. O mau romance é aquele em que se é capaz de discernir entre a realidade e a ficção. De resto, há romances modernos que derivam da "realidade" nua e crua e julgam que ela se equipara a uma ficção. Como faz notar Daniel Sinoby "a vida de uma obra de arte são, evidentemente, as ressonâncias identificadoras que em nós desperta, que nos dão prazer, mas é também e sobretudo o fato de ela nos deslocar dos nossos espaços habituais, de nos relançar e integrar no impulso que nos imprimiu e cujo final é uma tensão, uma abertura, um limite, apesar da aparência de acabamento: o final da obra é um corte e um apelo, que parte do coração da obra, das suas entranhas secretas, apelo a que, para além da apreensão e das interpretações, se faça dela outra coisa, mesmo que seja apenas falar dela e sermos, nós próprios, a segunda instância inerte ou agitada de que ela contituíu o primeiro impulso; testemunha perplexa ante dos espaços que ela deixa em aberto" . Um dos objetivos de alguns artistas é reduzir o intervalo entre a vida e a arte: será que a realidade virtual nos ajudará a fazê-lo? Jenn Holzer, por exemplo, pensa que: "ao fazer a vida parecer suficientemente real, se será levado a tentar remediar as coisas mais atrozes. Avançando suficientemente num campo aparente, talvez haja a possibilidade de tornar as coisas de algum modo mais impressionantes - ou, neste caso, verdadeiramente aterradoras. Tornar a aparência tão horrível como as coisas reais estão a acontecer".

Texto extraido de TRIPLOV.COM. Tecnologia e Literatura. Disponível em < http://www.triplov.com/hipert/tecno.htm > Acesso 12: ago. 2008. ( porem com adaptações para facilitar a leitura)
Imagens extraidas da internet de vários sites.