Tudo começou de uma brincadeira com meus filhos. Baianos com certeza (privilégio que eu não tive), assim que trocaram a chupeta pelas pernas de caranguejo, já me surpreendiam com o uso de típicos termos do linguajar baiano. Recordo-me de uma vez, quando um dos meus filhos, após conversar, pelo telefone, com os primos do interior do Estado do Rio me perguntou, sem entender direito a "língua diferente": "Painho, por que é que eles falam errado?".
A partir daí, por puro deleite, comecei a anotar uma ou outra expressão desse linguajar, logo percebendo que existia todo um conjunto de palavras que ia além da efemeridade das gírias, e que já estava incorporado à linguagem popular.
Passei então a registrar tudo o que ouvia nas ruas, no trabalho, no futebol, nas conversas, e, em cerca de seis anos, coletei perto de oitocentos "verbetes".
Nivaldo Lariú
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