2 de janeiro de 2010

O CAÇADOR DE PIPAS - A noite de Yelda


Aproveitei os ultimos dias de 2009 para ler um pouco, ja sentia saudades de livros, de belos personagens e de boas historias, havia comprado o livro "o caçador de pipas" ha uns meses porem a falta de tempo me fez deixa-lo guardado na gaveta, agora no finalzinho de um ano e início de outro chegou, enfim o dia em que pude le-lo.
O livro tem todos os ingredientes para conquistar o leitor, e comigo não foi diferente, não consegui parar de le-lo e devorei a última página nos primeiros dias de 2010. Chorei, confesso, tenho temperamento tolerante e tento viver em um mundo multiracial, multicultural, onde todas as crenças e etnias convivem em paz e ler as diferenças de tratamento entre as etnias do Afeganistão, a semelhança com o nazismo e misturado a este caldeirão a amizade sincera de Hassan comove e nos traz um pouco de confiança na convivencia pacifica entre os seres vivos.
Identifiquei-me com o "baba" de Amir, sua crença na inexistência de seres divinos, sua certeza em fazer o que seria possível para um mundo melhor, sua autopunição em forma de bondade, enfim um personagem forte que foi muito bem lapidado pelo excelente escritor Khaled Hosseini.
Meus "nós" na garganta foram desviados pelas piadas sobre o mulá Nasruddin e pela coragem dos personagens infantis do romance, vale, muito a pena le-lo. Abaixo transcreverei um pequeno texto, creio que o mais adocicado do livro, delicie-se!
" No Afeganistão, a Yelda é a primeira noite do mês de jadi, a primeira noite do inverno, e a mais longa do ano. Como mandava a tradição, Hassan e eu ficávamos acordados até mais tarde, com os pés enfiados debaixo do kursi, enquanto Ali atirava cascas de maçã no fogareiro e nos contava velhas histórias de sultões e de ladrões para passar o tempo dessa noite que era a mais comprida de todas. Foi por meio de Ali que fiquei conhecendo a tradição da yelda, daqueles meses enfeitiçados, que se precipitam para as chamas des velas, e dos lobos que sobem ao alto das montanhas em busca de sol. Ali jurava que quem comese melancia na noite da yelda não sentiria sede durante o verão seguinte.
Quando fiquei mais velho, li nos meus livros de poesia que a yelda era a noite sem estrelas em que aqueles que sofrem por amor permanecem acordados, suportando a escuridão interminável e esperando que o nascer do sol traga consigo a pessoa amada. Depois que conheci Soraya Taheri, todas as noites da semana passaram a ser (noites de) Yelda para mim.

Um comentário:

  1. Zete, Capim Grosso - Bahia30 de janeiro de 2010 às 10:31

    JA FAZIA ALGUM TEMPO EM QUE EU HAVIA LIDO UM LIVRO,DERREPENTE UM AMIGO ME EMPRESTOU UM, "O CAÇADOR DE PIPAS",COMECEI A LER SEM MUITO INTERESSE,SO QUE A CADA PAGINA ELE ME FASCINAVA CADA VEZ MAIS,NAO CONSEGUIA PARAR DE LE-LO,QUANDO DEI POR MIM JA ESTAVA ENVOLVIDA NA HISTORIA,EU ME SENTIA COMO SE ESTIVESSE DENTRO DO LIVRO,VIVENCIANDO A TUDO. ELE MEXEU BASTANTE COM AS MINHAS EMOÇOES,SENTIR RAIVA,ALEGRIA,INDIGNAÇAO,GRATIDAO,CARINHO,PAIXAO,MEDO,ETC...
    O QUE MAIS ME MARCOU FOI A FIDELIDADE DE HASSAM PARA COM AMIR,ELE FOI FIEL ATE O FIM. FIDELIDADE QUE AMIR SO RETRIBUIU ALGUNS ANOS MAIS TARDE.
    É UM LIVRO MUITO CATIVANTE QUE RECOMENDO À QUEM GOSTA DE AVENTURA,CONHECIMENTO,E VIVER EMOÇOES INTENSAS. É DIFICIL NÃO SE ENVOLVER COM ELE...
    LEIAM E SE ENVOLVAM...

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