É o primeiro livro de Paulo Coelho que eu lí, confesso que
toda a publicidade que a mídia faz em torno deste escritor me levou a compra-lo
há aproximadamente um ano atrás, enfim depois de guarda-lo, por um tempo,
chegou o tempo de apreciá-lo.
Surpreendeu-me a forma de depoimentos individuais de
personagens secundários que “conta” toda a historia, lembra um documentário bem
feito para a tv. A historia da “bruxa” é bem contada e narrada de forma cronológica
para facilitar o conhecimento do leitor, porem no inicio uma “pitadinha” de
suspense dá a entender que a personagem principal morreu, será?
O tema do livro, ao meu ver é a magia do dia a dia, é a
percepção de valores esquecidos pela sociedade moderna, é viver com intensidade
o momento, é perceber a maravilha que fazemos ou desmanchamos a cada segundo.
Você já parou para sentir de verdade o calor de um abraço? Você já sentiu com
toda intensidade o prazer da agua fria no seu corpo durante o banho? Se não, como esperaria poder sentir a magia? A magia
acontece nos pequenos momentos em que um ser humano se entrega de corpo e alma
ao que esta fazendo, sendo capaz de não pensar em mais nada além do que esta
vivendo naquele instante.
Assim a “bruxa” é
capaz de sentir totalmente a dança, a escrita e tudo o mais que ela participa.
Já pensou em ser bruxa? Ou Mago? Lendo a bruxa de portobello você não vai
aprender, mas sentirá um “gostinho” de como deve ser a busca de alguém capaz de
viver e tentar compreender os belos momentos que a natureza nos propicia.
Tente!
Como é meu
costume, abaixo um “trechinho” para atiçar a curiosidade.
Jung costumava classificar o progresso individual em quatro
etapas: a primeira era a Persona – máscara que usamos todos os dias, fingindo
quem somos. Acreditamos que o mundo depende de nós, que somos ótimos pais e
nossos filhos não no compreendem, que os patrões são injustos, que o sonho do
ser humano é não trabalhar nunca e passar a vida inteira viajando. Muitas
pessoas se dão conta que algo esta errado nesta história: mas, como não querem
mudar nada, terminam afastando rapidamente o assunto de suas cabeças. Algumas
poucas procuram entender o que esta errado, e terminam encontrando a Sombra.
A sombra é o nosso lado negro, que dita como devemos agir e
no comportar. Quando tentamos nos livrar da Persona, acendemos uma Luz dentro
de nós, e vemos as teias de aranha, a covardia, a mesquinhez. A Sombra está ali
para impedir nosso progresso – e geralmente consegue, voltamos correndo para
sermos que éramos antes de duvidar.
Entretanto, alguns sobrevivem a este embate com suas teias de
aranha, dizendo: Sim, eu tenho uma série de defeitos, mas sou digno, e quero ir
adiante”.
Neste momento a sombra desaparece, e entramos em contato com
a Alma. Por Alma, Jung não está definindo nada religioso; fala de uma volta a
tal Alma do Mundo, fonte de conhecimento.
Os instintos começam a se tornar mai aguçados, as emoções são
radicais, os sinais da vida são mais importantes que a lógica, a percepção da
realidade já não é tão rígida.
Começamos a lidar com coisas com as quais não estamos
acostumados, passamos a reagir de maneira inesperada para nós mesmos.
E
descobrimos que se conseguirmos canalizar todo este jorro de energia continua,
vamos organizá-lo em um centro sólido, que Jung chama de O Velho Sábio para o homem,
ou a Grande Mãe para as mulheres
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